Aos covardes do amor, cem anos de solidão. Que vivam nas sombras das suas desculpas razoáveis, cheias de bom senso e justificativas plausíveis. Os conspiradores sabem por quem os sinos dobram e os abandonam, transformando a si mesmos em fantasmas da terra do nunca. Não se aventuram, por isso não se perdem. Evitam desafios marítimos, por isso não naufragam. Se acreditam à salvo das tempestades, por isso transformam a vida em sonhos de uma noite de verão.
Aos covardes do amor, uma certeza: vivem em guerra e paz com eles mesmos, são um estado de alma e escolhem ver a vida no cartão postal por acreditar que podem abrir mão da paisagem. Crendo nisso, se condenam a uma existência menor e seguem sorrindo em direção à outras vidas secas.
Aos covardes do amor a consciência de que crime e castigo andam juntos, mas não como pensam. Crime é abrir mão. Castigo é apenas sentir em rotina sonolenta o tempo e o vento passando.
Aos covardes do amor, mil e uma noites recheadas do sempre, esse que elege eterno tudo aquilo que não dura, se transformando no oposto da chama. Aos covardes do amor, a minha alegria perene. Sou o náufrago. Vivo em cidades invisíveis. Acho paris uma festa. Existo súdito de um pequeno príncipe. Escrevi cartas ao amor distante. Embarquei num bonde chamado desejo. Enfrentei mil léguas submarinas, acredito em histórias extraordinárias e num admirável mundo novo. Sobretudo não troco meu naufrágio real pela irreal que separa o velho e o mar. No fundo, prefiro ser um estrangeiro num mundo simpático aos miseráveis.
Excelente texto, Mariel! Beijos.
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Fernanda, que legal você aqui, guria. Ganhei o dia, valeu por ter vindo.
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Quantas referências ótimas!!! E realmente amar é uma grande aventura q requer muita dedicação e coragem!!! Ficou muito bom!!!
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São luzes esses caras não? Assim a gente não se transforma em covardes do amor, combinado?
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Muito bem! Combinado!
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Combinatidos, então. Conto com você contra os covardes.
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:-)
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Mariel meu amigo! Já sentia sua falta por essas bandas blogosférica. E voltou com a corda toda num texto incrível! Homenageando nossos grandes autores e ainda dando uma baita lição aos covardes do amor. Sendo uma recém saída da caverna, vejo minha alma se iluminar mais e mais com suas palavras afinal, Está escrito!
Bjs
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Mas não sinta, guria. Venha sempre e damos o jeito dos bons amigos, que se sabem e se fazem presentes. Super fim de semana!
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Grata Mariel. Um excelente fim de semana pra ti também!
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Que interessante… vou ficar aqui pensando um pouco na ironia da ficção em prol da defesa de viver de verdade… que trabalheira, hein? ;-)
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Marcia, gosto de me perguntar diariamente se passo no teste dessa frase, que me veio com o teu comentário: “viver é melhor que sonhar”. Acredito tanto nisso… Dá trabalho, mas é bom uma suadinha.
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Acho que sou uma sonhadora incorrigível, Mariel. Seu texto me fez refletir sobre isso… ainda tô na luta, digerindo aqui…hahaha…muito bom!
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mas bá, compadre velho, assim me tira o fôlego!
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é que os autores de nós mesmos são de prender a respiração, guria.
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Não é só um bom texto. Gosto do “brincar” com referências… Isso aumenta o entendimento da alma. Parabéns!
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Bah, se a alma fica melhor entendida, que conversa das boas, né? Fiquei (de verdade) feliz.
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E fiquei aqui a imaginar o que diria a autora de “orgulho e preconceito” com quem converso em missivas curtas jurando não me desfazer de certos desejos que preservo em silêncio, mas por agora, me contento com um “sim” seu… a edição de agosto ainda não começou, mas suas linhas parecem dizer-me… esse é o caminho. Então, meu caro, diga-me em voz alta que posso abrir as páginas da próxima edição da Plural com essas suas belíssimas linhas?
bacio
Ps. Segue o link da revista
http://www.pluralrevista.blogspot.com
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Lunna, amiga minha, seria uma big honra, daquela que a gente emoldura e fica sorridente ao lado. O sim está hiper dado.
Beijo, guria.
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Grazie mio caro.
bacio
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Eba cosa boa
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Ualllll….
Aula de Literatura pela manhã??? Isso sim é começar bem o dia!!
Clap…clap….clap….
Aplaudindo de pé!!
Beijo ternurento e abaixo os covardes!!!
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Abaixo! Beijo, Clau.
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“Escrevi cartas ao amor distante. Embarquei num bonde chamado desejo. Enfrentei mil léguas submarinas, acredito em histórias extraordinárias e num admirável mundo novo. Sobretudo não troco meu naufrágio real pela irreal que separa o velho e o mar. No fundo, prefiro ser um estrangeiro num mundo simpático aos miseráveis.”
– DELÍCIAAAA de se ler!! Ler você é viajar junto. Adoro!
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Claudia, delícia e esse teu comentário, com doses fartas de entusiasmo e o carinho indispensável de sempre. Juntos, a gente vai se fazendo a viagem que nos leva cada vez mais pra longe dos covardes do amor. Beijo, guria.
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Republicou isso em outra vez na rede.
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Republicou isso em Silvia Pellegrino da Rochae comentado:
Para reflexionar!
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Silvia, sempre tão gentil, obrigado
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Texto incrível!! :)
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Nossa, seu entusiasmo chegou aqui num momento ótimo. Super valeu!
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Todas essas alusões despertaram em mim lembranças agradáveis adormecidas em meus cinco sentidos. Bom demais ter todas essas sensações novamente aguçadas por tuas belas linhas… Gr. Bj.!
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Cris, que com te ver de volta por essas bandas, onde és sempre bem vinda, viu? É muito bom te ter por perto na vida, essa Oldisséia no Espaço.
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Republicou isso em Borboletanoespelhoe comentado:
LINDO!!!!!!
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Você é uma querida. Obrigado
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Que lindo, meu amigo. Não poderia deixar de reblogar. Bj.
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ohhh. Obrigado
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Republicou isso em claudinhaisadorae comentado:
adorei!
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Big valeu, claudica!
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ohhhhhh, obrigadissimisiimamente
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Mariel, adorei o seu texto. Concordo plenamente com você. Prefiro me arrepender pelo que fiz do que pelo que não fiz. O amor não cabe em argumentos lógicos, ele é muito maior que isso.
Grande abraço!
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Concordamos nisso também. Eu sempre topei me arrepender, pensar putz, não foi legal assim ou assado. Mas também sempre me permiti o risco, o que deixa tudo mais divertido. Super abraço!
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