Calmante

Ouvimos eu, minha mãe e meu pai. Estávamos estátuas pertinho do rádio, respirando baixando e torcendo para que os astronautas americanos da Apollo 11 chegassem bem. Havia todo tipo de boato contra. Iam desde erros em cálculos gravitacionais até a ira divina, que não deixaria que o homem tivesse êxito na conquista da Lua.

Chegaram, era um grande passo para a humanidade e tal. Foi quando ouvi algo como “eles pousaram perto do Mar da Tranquilidade”. Mar da Tranquilidade, olha que nome lindo para um oceano banhado por um tipo quântico de água, que molha mas não molha. Que lugar especial para olhar a Terra e acenar, enquanto se caminha pela areia fofa sem dificuldade ou afobação. Mar da Tranquilidade, onde as ondas massageiam, não há vendedores de saída de praia e toda cena se dá em fast.

Mar da tranquilidade, alma serena, espaço perfeito para o momento leve e sem gravidade, onde acalmamos nossos lobos e podemos olhar para a lua pelo tempo que quisermos.

Publicado por

Mariel

Vale o que está escrito

15 comentários em “Calmante”

  1. Poxa, eu tenho a gravação original da fatos & fotos da época, início meio e fim da jornada épica. Vou separar e te enviar

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    1. Roseli, você é um catálogo de gentilezas comigo. Como te disse no início do ano, 2019 vai ter que descer do saltinho pra brincar com a gente. Daqui a pouco vou te visitar pra ver o que andas fazendo.

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  2. Creio que foi em 69 que se deu esse episódio da primeira alunagem. Tinha uns 10 ou 11 anos e televisão à muito pouco tempo em casa. Nesse dia estavam três gerações a olhar para ela, de olhar fixo e muitas exclamações. A minha avó bastante céptica…eu só me lembro de pensar que devia ser muuuuito bom andar ali aos saltos!!
    Boas recordações!

    Muito boas estas deambulações pelo Mar da Tranquilidade!

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    1. Alunagem, que palavra interessante. Soa, no Brasil, como “coisa de aluno”, assim, em uma tradução bem livre. Associar isso a lua achei de uma beleza lunar. Deambulações vou considerar um elogio e ficar dando significados diversos, dependendo do humor da hora.O cético em casa era meu Pai: “isso não tem como dar muito certo”, afirmou, deambulante que só ele.

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  3. eu tinha 4 anos… não lembro a data em questão, mas lembro – me das noites dos anos seguintes em que a imagem lúdica da lua me levou pelas mãos noites afora. Como um homem comum poderia fazer esse caminho? e porque mesmo com toda tecnologia nunca mais se viu esse feito?
    Fora disso, ela só me leva pela mão noite adentro do meu quintal.

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    1. Mariana, sua sortuda. O homem com toda a sua tecnologia nunca esteve lá. Pode ter andado por lá, pego pedras, espalhado poeira. Só vai lá de verdade que ela pega pela mão noite a dentro em quintais.

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