Cheguei faminto depois de uma viagem longa, longa, longa. São 17:13 e meu lanchinho chegou. Depois continuo a história. São 21:35 e a hora do depois começa aqui. Cardápio? Um sanduba com pão francês, queijo minas, peito de peru, que estamos na páscoa e salaminho seria um pouco demais. Leio enquanto espero, passo os olhos, estudo o arco da história. Pra mim é um encontro com quem está do outro lado da narrativa. O que faço é repartir essa história com alguém amado. Comento trechos, sugiro entendimentos quanto ao caráter dos personagens, é um romance dentro do romance. Por isso, entro vagarosamente nos desvios do pensamento, os fios, as meadas são tocadas com cuidado artesanal, é preciso capricho, postura e, principalmente, alma nessa hora. O tempo age enquanto abro as páginas, redescobrindo, relendo pelo prazer de rever um ponto aqui, outro ali, é o prazer do entendimento. Ou a surpresa renovada do sentimento. Ler é deixar que a vida entre gente a dentro. Que mexa, ame, amanheça. Cure, aproxime e se realize. Que se veja, que seja, que caminhe requintadamente para o feliz, para o aprendiz e para o real.
O presente de hoje é o desejo que a felicidade chegue, sem condicionantes.
hahahahaha, excelente!!
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Tati, o pior que foi exatamente isso que aconteceu. Mas também achei divertido.
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Pois então, obrigada por compartilhar! Ficou como um descontraído microconto
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Exatamente
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