Ponto

Acho que toda história tem algo a contar, aponta a direção de onde veio. Então aquele conto, encontro, o que for, estanca e se conta para quem estiver prestando atenção. Acho que a vida é uma colecionadora de personagens, tem textos surpreendentes, cenários fantásticos e bons roteiristas, além de uma certa liberdade orçamentária, em alguns casos. Entre surfadores da rotina, aventureiros de escritório e guerrilheiros de sofá, sempre espero o extra ordinário. Todos os dias acendo a luz onde estou e tento entender o que há embaixo das pontes que construo. É o que ilumina escolhas, desamassa a preguiça e, se tive algum sucesso, causa algum riso.

Perdemos em algum ponto da infância a capacidade de gargalhar por nada e chamamos a falta de graça de seriedade. O abandono da criança que fomos vai cobrar respostas. A repreensão da criatividade, o sucesso visto apenas do ponto de vista financeiro, a indiferença e a ideia bêbada de que é possível viver ser humor, sem amor ou erros.

Quando acertei a lixeira, a primeira pessoa que pensei foi em você. E sorri, imaginando tua reação e entre acolhedora e preocupada. Acolher é um dom teu, gente solar é assim. Meu dedo dói enquando escrevo e te amo um tanto mais. A única coisa que vai passar é a dor no dedo, no braço, no pescoço e na canela. Du não se conforma com o sumiço do pearcing e rimos disso.

Mais um dia azul se apresenta, preparo trabalhos e visitas a lugar e novos. O que espero de 2020? Muito riso, muita alegria e mais de mil palhaços no salão.

Amanhã tem bilhetinho