
Carinhoso, do mestre pixinga, é dessas coisas que você não precisa explicar, basta entender. Talvez por isso ele tenha dito que não sabia o motivo, mas que isso não interessava:
Meu coração, não sei porque , bate feliz quando te vê
A estrofe seguinte é um curta metragem. Descreve quadro a quadro a expressão do apaixonado, a emoção que lhe causa o apaixonante. Não é um curta, pensando bem. É um quadro de natureza viva onde o outro se vai porque precisa fugir para não se entregar
E os meus olhos ficam sorrindo e pelas ruas vão te seguindo
Mas, mesmo assim, foges de mim
Todo ser amante entende que seu amor é único, desconhecido e inédito. Ao experimenta-lo em teores de verdade, inocência, ternura e consistência, fica aquele que sente certo de que seu afeto faz todo o sentido para a alma que ama.
Se o convite para “sentir o calor dos lábios meus à procura dos teus” é um pedido emocionado, a continuação é quase uma súplica:
Vem matar essa paixão que me devora o coração e, só assim então, serei feliz, bem feliz.
O final é lindo, mesmo que eu não concorde muito com ele, já que entendo que felicidade é uma responsabilidade pessoal e intransferível. Mas combinado está, foi o pixinga/braga que fizeram essa obra prima. Quem sou eu? Ele deve estar muito certo. Azulzinha, eis um bilhete carinhoso pra você. Espero que tudo em ti esteja feliz, bem feliz.
Uma obra-prima! Era moça, já nascida velha, e sonhava ouvindo essa maravilha. Ainda sonho – vez em quando…
Que beleza essa sua peça, Mariel!
Um alento frente a tudo.
Lindo!
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