
Tenho uma árvore bondosa fincada só sempre que há na gente. Tem um colo que vem da raiz, tem silêncio que balança, a paciência que me protege das chuvas mas não tanto a ponto de secar. Ela mora num bosque e anda cheia de visitas, crianças descobriram seu banquinho feito de tronco, dá um misto de ciúme e orgulho vê-la ocupada. Já fui todos os dias, estive longe por um bom tempo e quando nos vemos, nós damos um abraço de vento, um carinho com aroma de madeira, um amor na sombra fresquinha, a vista do lago onde vive. Diante dela, a calma de quem cresce na medida do tempo que lhe é próprio. Se desgasta porque é isso que acontece com quem vive. Penso nisso enquanto calculo o número de andares do edifício que olho devagar, como quem espera que o afeto se faça um fato-sintese do que nos acontece, do que sentimos e queremos. A espera pode ser inesperada e dura, nenhum inverno garante primavera. Ainda assim olho e imagino seus andares, menino espiando de longe o amor que vem de antes da sua árvore existir.
A espera é longa. A quietude e a solidão me acompanham… Bom pra refletir e repensar onde preciso mudar. Coisas antes impensadas… agora escancaradas. Começo a perceber melhor os acontecimentos e de tudo não acho tão ruim. O mundo está mudando e eu mudo com ele. Enxergando além do que as minhas vistas podem alcançar. Um bom chá me acalma e busco um melhor encontro comigo e com o mundo. Gosto do que vejo… Abraços
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Mudar é uma variável tão constante, não? É o que nos leva aos novos estágios, trazem inovações e mais mudanças. Bons chás.
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