A vida nas linhas

Olha que preciosidade o generoso Guimarães nos empresta. Ele define em 4 linhas exatas um universo inteiro, o dos encontros.

Nem penso na profundidade  artesanal disso tudo, nem sei se o alcanço mesmo. Mas me toca pela forma que dá contornos ao infinito e, ao mesma tempo, que confirma sua extensão.

Rita também resolve a vida em 4 pop linhas. Aqui, ela brinca com o que diz. Está distraída e do nada resolve mudar? Acho que está atenta e muda. É isso que torna aquele dia em inflexão tocante e simples como a essência de algo.

Uma vida que valha a pena ser examinada cabe em 5 linhas. Basta saber (o saber, aqui, tem o papel do galã) viver bem. Seja lá como for que se chegue a isso, bastará essa vez para tornar-se eterno. Caso tenha te passado desapercebida a observação, repito. Bastará uma vez para tornar-se eterno.

Esse tratado de 7 linhas é de uma beleza real, digna de um pequeno príncipe. Um afeto nos torna reis de um reino ímpar. É como água para chocolate, nos tocamos em unicidade, moldando que é inesquecível para a nossa humanidade.

Imaginários ou não, amigos existem para nos confirmar, espelhos que são, sendo mesmo belo o que somos. Ou para nos alertar sobre nós, nas tentativas autoritárias de nos manter exilados do que precisamos fazer. 

Seja livre, mesmo de mim. Seja livre por mim. Viva a liberdade em nós.  ***

Publicado por

Mariel

Vale o que está escrito

18 comentários em “A vida nas linhas”

  1. Só choro quando venho aqui, Mariel. A beleza faz isso, né? Resgata o humano em nós. O que é árido, transborda.

    Obrigada por nos brindar com essa História tão bonita.

    Bom fds!

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    1. Oi Lara, uma das minhas netas tem o teu nome. Sabe que não? Os temas se impõem e enquanto não falo sobre aquilo, eles ficam me cutucando, até que eu escreva. Super semana!

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