Lembro de usar uma camisa nova, talvez fossem meias, eram azuis fossem mesmo meias. E jeans, fosse camisa. Lembro de um presente escondido. Lembro de um riso, de uma flor de rua, de uma lista imensa de canções da vida. À medida que via, deslembrava de injeção, torção, belisco, topada, mordida na língua, íngua, queda, perda e distração. Pela primeira vez na vida, prestei atenção e fiquei feliz morando ao lado da existência de alguém. Sabe barraco de criança, desses feitos de lençol? Dentro de mim tinha riacho de água doce, leite moça, por se sol e inocência sobrevivida. Tinha um vagalume, duas festas se aniversário, um barbante, 5 elefantes, um passarin, 7 alegrins, um chá de hortelã, bom dia de manhã, boa noite de noite, além de espaço dos grandes. Lembro de usar dois relógios, de ficar fácil, simples, lento e feliz. Lembro de uma cicatriz na canela, outra no joelho. De ficar velho. De gostar de um tênis. Nossa, como gosto de ti, dos filhos e de ensina-los a seguir adiante, como sugiro agora a mim mesmo. Lembro que fiquei esperando. Que errei uma medida. Que troquei datas, que caí numa esquina, de sentir tanta falta que o coração sentia câimbras e que você disse que gostava de me ver bem. E olha só, nem estou.
Maravilha é isso ai!!
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Grato, de coração
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Magina amigo … tenha uma Boa noite e fica c Deus
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Obrigado por tanto, Renata.
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Mariel, gostei da câimbra no coração. Vou adotar a expressão.
Já senti algumas vezes, mas nunca vi melhor perfeição do que a sua sobre esse sentir.
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Use a expressão, mas não sinta a dor.
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Isso. Eu já senti essa dor. Espero não voltar a senti-la ou não sofrer tanto.
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Espero que não volte a sentir. Cãimbra no coração doi demais
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Muito interessante
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(_)
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