
Parceiros são carne e massa de pastel, uma delicia inseparável. Arrumam programas, desarrumam camas, silenciam às vezes, cortam um dobrado, riem muito, mas não de tudo, que rir de tudo é desespero.
Estão inteiros ali, os parceiros. Audazes, iluminatis, táteis, acessórios um do outro, basculantes, decoração, portas de almas cruzantes, se existem depois, durante e antes. Algo lhes falta essencialmente, se longe do que lhes fornece régua e referências. Não são monges, mesmo os budistas. Nem são perfeitos, que ideia. Alguns são feios, por isso são tão lindos os parceiros que encaram todo tipo de solidão que tenha propósito. E isso não havendo é quando entram em extinção, incendiando-se mas por um motivo quase tão triste quanto a solidão. Te conhece no olho, no jeito que desce do carro, parceiros têm balinha, fazem bolo, parceiro tem um pouco de sábio, um tanto de bronco, muito de tolo. Alguns são românticos, nenhum é de pedra, a maioria troca teu humor contido por um bom abraço na esquina, desde que seja teu. Somem se os mantemos ao largo e voltam se tivermos sorte. São nossos melhores momentos e talvez partam nos levando algo que nos fará falta por mais festa que haja em nossa volta. *8*