
Os encontros com o mundo são assimétricos. Não é culpa de ninguém, não existem responsáveis. Assimetrias são cortes ou curativos, alegrias ou decepções. São experiências que estabelecem novas fronteiras internas. Menos crentes ou mais confiantes, seguiremos olhando pessoas e as assimetrias das quais são feitas. Trocaremos com elas as impressões que nos causam, quem sabe o descaso que lhes seja próprio. Talvez as dores lhes tornem errantes. Pode ser que exista quem importe e quem se importa. O que vejo é que nada de estável virá enquanto aceitar o inaceitável.
Tema de Lara
Uma canção tem esse nome. Talvez Lara seja mesmo nome de música. Rimas sorridentes, quem sabe. São acordes, Lara. Acorde, Lara. Então brincaremos de cantar.
Que seja
Sempre tem mais fundo nesse poço? Por 4 anos, fomos cavando e expandindo os limites da insanidade. Flertamos com a tragédia e tiramos o drama para dançar em nossas salas de estar. Aceitamos o convite da morte, engolimos a gosma áspera dos fazedores de escuro. Não sei como conseguem, homens e mulheres. Como não enxergam, como minimizam e como preparam carinhosamente o ninho para os ovos da pior espécie de serpente. Não haverá perdão aos que alegremente traem os mais básicos valores da existência. Que a loucura tenha adeptos, cansei de ver. Como cansei de quem arranca os próprios olhos para não ver. A verdadeira politização está acontecendo entre aqueles que desejam o direito de matar e aqueles que suplicam pelo direito de viver. De que lado vamos ficar?
Talvez
Não gosto de fazer mercado com fome. Compro um monte de bobagem. Procuro não escrever raivoso, triste ou sem paz. Palavras são a base da realidade que construímos. O que sentimos se expande. O que pensamos chega. Como acredito, há sorrisos sorridos no Japão que chegam aqui traduzidos por arroubo gentil, uma frase bondosa, um amor presença. Eu rio muito, o riso me transforma e me abraça. Então tenho vontade de rir mais porque rir é bom. No entanto, às vezes faço compras com fome ou escrevo desprovido de esperança nos assimétricos encontros que existem. Foi o caso hoje, talvez não devesse. Registro para que eu possa, de alguma forma, me reconciliar com o equilíbrio, com os assobios e com os silentes momentos de amor.
Me encantan sus reflexiones. Parabens.
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Ricardo, que alegria receber sua mensagem. Vou te visitar e retribuir a gentileza.
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Eu tenho vários mundos, prefiri viver assim. Tenho o meu mundo infantil, meu mundo louco, meu mundo fantasia, que alegria, meu mundo humano onde hajo conforme a dança e o meu mundo pessoal que ora posso até confessar, mas vai depender muito do lugar.
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Como sempre você, trazendo ideias dos mundos interessantes que existem. Um abraço bem abraçado!
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