Estão presos, alguns deles. Alguns daqueles que pediram à esperança que vencesse o medo. Tinham segredos entre eles, como diria Caetano em seus podres poderes. Alguns choram pela falta que farão, eu imploro que não façam falta, que possamos esquece-los, não prisioneiros políticos auto intitulados, mas ladrões de galinhas e o pior tipo de meliante que existe, o dos sonhos roubados. Das coisas tristes que fizeram. Dos risos que sepultaram. Das ameaçam que os mantiveram altivos, mesmo que mortos-vivos, o que mais quero é esquece-los, seja qual for a prisão que os condene ou não. Estão lá, ainda sem entender muito o que se passa, é a história fazendo daquelas biografias a sua própria traça. Me olhem nos olhos e lhes digo: a condenação é maior do que pensam. Quem merece prisão é bandido. O que cada um de vocês terá é a derrota amarga e diária de ser esquecido.