
Alma, anime-se e aninhe-se. Temos van Gogh, vick vaporub, risos e a palavra “amiúde”. Presenças, presentes, grandes ausências, um chinelo antigo (e adorado), o Papa argentino, o Chico que canta “quem é você, diga logo se gostas de mim”. Dispense o motivo, motive a esperança e acenda a luz na sala, na cozinha e na varanda. Beba um gole de vinho, able com um estranho em espanhol, caminando en la hierba. Plante um livro, leia uma árvore e sintonize uma rádio AM em Nairóbi. Tome um sorvete de sabor diferente. Se derreta, quebre o gelo, aqueça. Trepe numa goiabeira, mesmo que você tenha pensado outra coisa. Entre e fique à vontade. Modéstia à parte, orgulhe-se, salte, pule, ligue o som no último, invente uma palavra tipo funfla, se deite na bagunça, afunde no sofá. Tome um chazinho quente, experimente, ali adiante tem uma rua, dobre a esquerda, ria da direita, acesse um fliperama, diga que a ama a quem ama. Não se acanhe, lance uma moda, dance, dance, dance ou ande de bike num domingo à tarde. Cante no chuveiro, note a falta de alguém, comunique que hoje não tem janta, mesmo que o certo seja jantar. Faça sucesso, eleja o um excesso de estimação, abrace um desconhecido e converse na lingua do P. Fale, intua, cale, acalante. Fique, siga adiante, descompromisse tudo o que puder. Lide, vide seus verso, viva sem revidar, valide, imprima, resista, habite-se.
Nem é um presente, é só uma lembrancinha.