Tons

Nota

Música é um mistério pra mim. Se bem que a tampinha da BIC também é. São fã dos inventores de coisas como a tomada T. Há uma simplicidade naquilo que me deixa de boca aberta e com o coração feliz. Já assino há um tempo um serviço de streaming de música, então não venha, sou moderno. Mas ainda não entendo como funciona uma Fita K-7, segredo dos segredos.

Desafinados

Aos poucos, a vida vai passando e me sinto mais conservador do que nunca. Não a ponto de achar que o Bolsonaro pense algo à respeito de alguma coisa. Ou de tentar uma atitude empática com ele, seus ministros, governo, pensamento, apoiadores, modo de vida, fala, jeito, modos, métodos, nada. Como vejo, perdemos anos de avanços em direção à civilidade, aos direitos fundamentais ou a inteligência social, maquevá. Falava que me torno docilmente um conservador ou moderado. Mas antes disso, do jeito que me pareceu correto, minha energia era à esquerda do capitalismo. Tentei doma-lo, o tornando mais gentil e vetor de progressos para todos, mesmo que em proporções diferentes. Ao lado disso, estive ao lado da igualdade de gênero, da discussão pública sobre ensino, saúde, prioridades coletivas. Desejei e agi pela diminuição da pobreza espiritual, financeira e filosófica. Sonhei em colocar o conhecimento (e as oportunidades) à disposição da vida. Por isso, me assombra que tantos jovens possam mesmo querer mudar o mundo a partir de uma direita extrema, tacanha e violenta. Incapaz de uma compreensão sistêmica do mundo, os extremistas não olham escutam ou falam com o outro, apenas desejam sua eliminação. O espirito solto da juventude sempre esteve do outro lado disso. Pelo menos os jovens deveriam ser à prova de ideias e gente cafajeste, incapaz de chorar pela Beirute explodida, mas capaz de se vestir de um discurso vazio de lucidez, infeccionado pela mentira e obtuso de qualquer ponto de vista. É de doer ver que gente jovem e tecnicamente esclarecida se sinta representada pelo que há de retrógrado, velhaco e indecente no mundo.

Não me passa

Não me passa desapercebida a tua vida, nem tuas vindas. É como se o diálogo não cessasse um instante, me trazendo o que trazes, alegria. Perceber teus movimentos, sempre tão recheados de carinho e atenção, é uma esperança para o que há de amável em mim. Algo lentamente se acalma nos dias, uma sensação apaziguada e boa se acerca e sinto os sinais. Recebo com um seja bem-vinda. Sempre bem-vinda e certa de que isso não é um treinamento.

Coisas com ela

Imagem

Para ver mais longe, janela. Para ouvir sempre, aquarela. Uma comida boa? Galinha à cabidela, 
(mas gosto
muito
de pão com
mortadela)

Deus, parabéns: ficou ótimo o trabalho que saiu da costela. Se essa rua fosse
minha, a rua seria dela. E a lua, nossa estrela.
Paulinho da Viola,
salve Portela
Dos Mamonas,
saudade da
Brasília amarela. 

Pessoalmente, sou mais um cachorro quente apaixonado do que um conformado
jantar a luz de vela. Me dei conta que fiquei por pouco e que voltei com o coração
numa tigela.
Me refiz, (tá, um pouco
assustado) e descobri
que feliz ou infeliz é a
gente quem escolhe o
lado.

 

Significa dizer
que é decisão pessoal
morar no palácio ou viver
na favela.
Por que resolvi não partir?
Porque confirmei amores
bons. Eles tornam a vida
bela.