
Estão afirmando, não é conversa. Você está gordo e acabado, que foi visto com um bando de drogados, que o mundo acaba depois de amanhã. Saiu no NY Times, o ataque é eminente, que o o rei do Gongo vive doente, que a madrinha da bateria namora um bombeiro, que a amazônia foi vendida pra Suíça e agora os Xanrantintums são neutros. Os gays vão tomar o poder, inventaram a Ferrari sustentável e a vaselina em pó. Andam dizendo que daqui pra frente, só morrendo. Seu diploma não vale nada, o futuro foi ontem, King Kong virou um rato, na Veja só publicam os fatos. Os comentários são assustadores, terríveis, incríveis, impublicáveis. Só ouviremos Michel Teló. Depois, voltaremos ao cavalinho pocotó. Virou uma loucura, melhor viver em Honduras, aprender inglês na China, vende-se casa na praia, os amores estão em coma, não fale do Papa se você quiser ir a Roma, roer o gato com o Rei dos patos. Andam comentando com ares de é isso aí que março virá antes de fevereiro, as 14 casas das sombras e a alma dos corpos farão passeata, você foi visto fugindo de si mesmo, junto com seu terno e separado da sua gravata. Cuidado, não declame, não declare, sustente o silêncio e cale as vozes. Tudo virou videogame, ninguém é real, o sólido se desmancha e aquela mancha, não sei não. Foi publicado sabe Deus onde que somos todos de uma linhagem de condes, que você tem éguas no exterior e água nos joelhos. E que manca, desmente juramentos e ronca como um jumento. Foi insignifcante, não quer dizer nada, a obra está parada, é um absurdo ou culpa do governo. Você sofre dos nervos, tem epilepsia, trabalha para a CIA, abandonou seus filhos na África ou na novela das 8. Gugu liberato é a sua cara, Hebe Camargo, seu espírito. E seu espirro ninguém suporta. Feche a porta. Não saia de casa. Sua versão vai dar em nada e ainda vão publicar no Pravda.