Ganhei Tribalistas de presente, uma canção saltitante, dessas que a gente ouve e se apaixona, ou continua apaixonado, o que será sempre o meu caso. Marisa tem uma coisa na voz que não carece de entendimento. É como se fosse possível decifrar o som da pureza. Antunes é Antunes, um gênio que brinca com o tom das palavras, até que fiquem inocentes e digam a que vieram. E vieram azular um dia tão chuvoso quanto ventante. Um sábado comemorado com a lembrança que o grão do amor germina, vai e volta, acorda e sorri o contentamento do momento do entendimento.

“A Terra é azul”, declarou o primeiro astronauta que a viu de longe, enfeitada de encantamento. O que ele não sabia é que o tempo também é. Hoje foi um sábado azul. O último sábado de um longo ciclo. O primeiro de um novo que começa em breve. Entre eles, o ponto zero, o big bang, a festança de um certo dia, o dia certo onde tudo começou.
O presente de hoje é Enluarada, cantada em noite de alma cheia e que você escuta aqui